Mário Soares

Lisbon, nowadays. A room in a house in Rua dos Douradores. A man invents dreams and establishes theories about them. The very essence of dreams becomes physical, palpable, visible. The text itself becomes matter in it's musical sonority. And, before our eyes, this music felt in our ears, in our brain, in our heart, spreads trough the street where he lives, trough the city that he loves most of all, and trough the whole world. Disquieted movie about fragments of an infinite and trapped book, of an almost mad flamboyance, but, of a brilliant clarity. The solar moment of Fernando Pessoa's creation. The absolute and perfect loneliness of the I, outer and hopeless. God am I!, also wrote Bernardo Soares.

Um dia, numa cidadezinha chamada Jardim das Piranhas, aparece um cangaceiro que se apresenta como a reencarnação de Lampião. Seu nome é Coraina. Anos depois de ter matado Corisco, Antônio das Mortes vai à cidade para ver o cangaceiro. Não vem por dinheiro, quer apenas provar se é verdade mesmo. É o encontro dos mitos. E tem início o duelo entre o dragão da maldade e o santo guerreiro. Mas esta história tem seus demais personagens que vão povoar o mundo de Antônio das Mortes. Entre eles, um professor desiludido e sem esperanças, um coronel com delírios de grandeza, voltado para um passado distante, um delegado com ambições políticas e uma mulher, Laura, vivendo uma trágica solidão. Todos são envolvidos na ação dirigida por Antônio e seus contraditórios conceitos de moral e justiça.